segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Sem esperar resultado, partido declara vitória de seu candidato no Haiti

  Sem esperar resultado, partido declara vitória de seu candidato no Haiti.

 
 
O partido haitiano Tèt kale (PHTK) proclamou nesta segunda-feira (21), dia seguinte ao primeiro turno das eleições, que seu candidato, Jovenel Moïse, é o "presidente eleito do Haiti", mesmo com as apurações ainda não finalizadas e com a possível necessidade de realização de um segundo turno, informa a agência France Presse.
Apenas o Conselho Eleitoral está habilitado a publicar os resultados.
"O candidato Jovenel Moïse é o presidente eleito do Haiti", declarou ao meio-dia desta segunda-feira Rudy Hérivaux, porta-voz do partido PHTK. "Sabemos oficialmente, o país sabe, o mundo inteiro sabe quem é o presidente eleito do Haiti e isso não é um mistério", acrescentou, em coletiva de imprensa.

Após um dia de votação que transcorreu sem grandes incidentes, o presidente do Conselho Eleitoral Provisório (CEP) pediu a todos os atores políticos que aguardassem os resultados que serão difundidos no prazo de oito dias.
"O decreto eleitoral não permite a ninguém dar os resultados no lugar do Conselho Eleitoral e pedimos que isso seja respeitado", afirmou Léopold Berlanger.
 
Ao violar esta disposição, o PHTK declarou simplesmente que esperava a confirmação de sua vitória.

Cerca de 6,2 milhões de eleitores foram convocados no domingo no Haiti a irem às urnas para escolher seu futuro presidente, bem como deputados e senadores.
 
 
Vinte e sete candidatos disputam a Presidência e quatro têm pretensões de vencer no primeiro turno: Jovenel Moïse, afilhado político do ex-chefe de Estado Michel Martelly pelo partido PHTK; Jude Célestin, da Liga Alternativa para o Progresso e a Emancipação Haitiana (Lapeh); Moïse-Jean Charles, que encabeça o partido Pitit Dessalines; e Maryse Narcisse, porta-voz do ex-presidente Jean-Bertrand Aristide e candidata pelo Fanmi Lavalas.

Pleito adiado
O Haiti está mergulhado em uma profunda crise e devastado pelo furacão Matthew. O país mais pobre das Américas tenta dotar-se de instituições sólidas depois do fim de três décadas da ditadura Duvalier, e o processo eleitoral reflete esse longo caminho para a democracia.
Na verdade, as eleições deveriam ter sido realizadas no ano passado, mas foram canceladas.
A primeira rodada do pleito, realizada em 25 de outubro de 2015 e na qual se apresentaram 54 candidatos, foi cancelada devido a fraudes que mergulharam o país em...Continue aqui.
 
 
 

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