Espanha: fim de dez meses de bloqueio político com investidura de Rajoy
A Espanha colocou fim a dez meses de bloqueio político no país neste sábado (29), ao investir novamente como presidente de governo o conservador Mariano Rajoy, que terá de governar com o apoio de uma minoria em um Congresso fragmentado.
O líder conservador, de 61 anos, obteve 170 votos a favor - de seu Partido Popular (137), do liberal Ciudadanos (32) e de uma deputada regionalista das Ilhas Canárias - e a abstenção de 68 deputados de seu rival histórico, o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE).
A ideia de permitir um governo conservador dividiu o PSOE e provocou a renúncia ao cargo de deputado de seu ex-líder, Pedro Sánchez, desbancado por uma rebelião interna devido à sua firme oposição a Rajoy.
No poder desde 2011, o conservador pediu estabilidade para seu futuro governo. "A Espanha precisa de algo mais do que uma simples investidura, precisa de um governo que esteja em condições de governar, não de ser governado", disse em um discurso ante os deputados.
"Não estou disposto a derrubar o construído" nos quatro anos anteriores, advertiu.
"Pode-se melhorar, sem dúvida, mas que ninguém espere que eu contribua com sua demolição", acrescentou.
O porta-voz socialista, Antonio Hernando, avisou, porém, que o partido não pretende "convalidar suas odiosas reformas" trabalhistas e que se dedicará a "vigiar cada passo que ele der".
Tentando se erigir como principal porta-voz opositor, o líder do Podemos, Pablo Iglesias, arremeteu contra "a humilhação" socialista e assegurou que, ao não mudar sua política, Rajoy "definiu as bases para que cedo ou tarde" o Podemos termine governando.
Sánchez vai para voltar
Rajoy não poderia prever que chegaria à atual situação dez meses atrás, quando o Partido Popular (PP) registrou seu pior resultado desde 1993 e dois novos partidos, Ciudadanos (centro-direita) e Podemos (esquerda anti-austeridade), deixaram o Congresso muito fragmentado.
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