Homem-bomba deixa mortos em ataque a santuário sufi no Paquistão.
Um homem-bomba atacou um santuário sufi lotado no sul do Paquistão nesta quinta-feira (16), matando pelo menos 72 pessoas, informou a polícia, no mais recente de uma onda de ataques a bomba nesta semana.
O Estado Islâmico, grupo militante que tem uma presença pequena mas cada vez mais proeminente no Paquistão, assumiu a responsabilidade pelo ataque, informou a agência de notícias afiliada do grupo Amaq.
O policial Shabbir Sethar disse à Reuters que o número de mortos provavelmente aumentaria. "Pelo menos 72 estão mortos e mais de 150 ficaram feridos", afirmou Sethar por telefone, de um hospital local.
O ataque ao santuário de Lal Shahbaz Qalandar na cidade de Sehwan Sharif é o maior numa onda de atentados a bomba no Paquistão nesta semana, num momento em que o Taliban paquistanês e outros militantes radicais islâmicos realizam ameaças de uma nova ofensiva.
O primeiro-ministro do Paquistão, Nawaz Sharif, imediatamente condenou o que chamou de ataque a Lal Shahbaz Qalandar, na província de Sindh.
Um homem-bomba entrou no santuário enquanto multidões se aglomeravam nesta quinta-feira, segundo comunicado do porta-voz da polícia de Sindh.
Vários outros ataques nesta semana, incluindo uma bomba que matou 13 pessoas na cidade de Lahore, no leste do país, foram reivindicados pela facção do Jamaat-ur-Ahrar do Taliban paquistanês.
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Secretário de Defesa dos EUA diz não ver possibilidade de colaboração militar com a Rússia.
O secretário da Defesa dos Estados Unidos, James Mattis, disse nesta quinta-feira (16) não ver possibilidade de colaboração militar com a Rússia, em um golpe às esperanças russas de retomar os laços com os EUA após a eleição de Donald Trump.
Mattis participou de conversas na sede da Otan, em Bruxelas. Os comentários são talvez a indicação mais forte do governo Trump até agora de que as perspectivas para uma cooperação significativa entre militares norte-americanos e russos contra o Estado Islâmico na Síria é improvável no curto prazo.
Já o secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, se reuniu nesta quinta pela primeira vez com seu homólogo russo, Sergei Lavrov, durante a reunião do G20 na Alemanha. Ao sair da reunião, Tillerson disse que seu país está pronto para trabalhar com a Rússia se encontrar áreas de cooperação em comum, mas alertou que Moscou tem que cumprir os compromissos assumidos em relação à Ucrânia.
Durante a sua campanha eleitoral, Trump repetidas vezes sugeriu a possibilidade de uma ação conjunta contra militantes do Estado islâmico.
"Não estamos em uma posição no momento para colaborar na área militar. Mas nossos líderes políticos irão se empenhar e tentar encontrar um senso comum", disse James Mattis a repórteres após conversas na sede da Otan, em Bruxelas, mencionando também preocupações dos EUA com a interferência russa em eleições democráticas.
Perguntado se acredita na interferência da Rússia nas eleições presidenciais norte-americanas, Mattis disse: "No momento, eu só digo que há muito pouca dúvida de que ou eles interferiram ou tentaram interferir em um número de eleições nas democracias". Ele não citou explicitamente as eleições norte-americanas.
Disposição da Rússia
Os comentários de Mattis ocorrem pouco depois de o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, expressar disposição para retomar a cooperação com o Pentágono e no mesmo dia em que o presidente russo, Vladimir Putin, disse ser do interesse dos dois países restaurar comunicações entre agências da inteligência.
"É do interesse de todos retomar diálogos entre as agências da inteligência dos Estados Unidos e outros membros da Otan", disse Putin, falando ao Serviço de Segurança Federal da Rússia".
"É absolutamente claro que nesta área de antiterrorismo todos os governos e grupos internacionais relevantes devem trabalhar juntos".
Mattis disse durante sessão a portas fechadas da Otan na quarta-feira que a aliança precisa ser realista sobre as chances de retomar uma relação cooperativa com Moscou e garantir que seus diplomatas possam "negociar em posição de força", enquanto pediu por um aumento dos gastos militares.
Os comentários geraram resposta do ministro russo Sergei Shoigu.
"Tentativas de construir um diálogo com a Rússia a partir de uma posição de força serão fúteis", disse Shoigu segundo a agência de notícias Tass.
Mattis respondeu: "Não tenho necessidade alguma de responder ao comunicado russo. A Otan sempre apoiou a força militar e a proteção das democracias e as liberdades que queremos passar para nossas crianças".
Crise na Ucrânia
Na Alemanha, o secretário de Estado Rex Tillerson se limitou a fazer comentátios sobre a Ucrânia. Tillerson disse que Washington está pronto para trabalhar com Moscou, mas irá defender seus interesses em áreas em que existem diferenças.
"Quando não estivermos de acordo, os Estados Unidos irão defender os interesses e os valores da América e de seus aliados".
"À medida que procuramos um novo terreno em comum, esperamos que a Rússia honre seu compromisso com os acordos de Minsk e trabalhe para amenizar a violência na Ucrânia", afirmou aos repórteres depois de se reunir com seu homólogo russo, Sergei Lavrov.
Tillerson disse ter tido um encontro produtivo com Lavrov e que os dois debateram uma série de temas que causam preocupação mútua. Ele não deu mais detalhes nem respondeu perguntas.
Suas colocações sobre a crise ucraniana vieram a público dois dias antes de uma reunião de ministros de Alemanha, França, Rússia e Ucrânia que deve ocorrer às margens da Conferência de Segurança de Munique.
Fonte G1.
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