Alemanha diz que credores alcançaram 'posição comum' sobre a Grécia.
Os credores da Grécia, os países europeus e o Fundo Monetário Internacional (FMI), conseguiram estabelecer uma posição comum que lhes permitirá voltar ao país para desbloquear o atual programa de resgate, declarou nesta segunda-feira (20) o ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble.
"Parto do princípio de que as instituições têm agora uma posição comum e que faremos progressos hoje para que a missão técnica possa retornar a Atenas com o objetivo de alcançar um resultado", disse Schäuble ao chegar a uma reunião dos ministros das Finanças da zona do euro.
O ministro das Finanças da Alemanha, o primeiro credor da Grécia e a principal economia da zona do euro, expressou sua confiança de que o FMI formará parte economicamente do plano de ajuda em vigor, apesar de suas divergências com os países da zona do euro a respeito da dívida e dos objetivos para a Grécia.
Os 19 países da zona do euro debaterão se esta posição comum foi alcançada, indicou o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem. "Tivemos conversas intensas com as instituições e o governo grego para abrir caminho rumo a um retorno da missão a Atenas", afirmou.
Na Grécia, os chefes de missão, representando os credores da Grécia, deverão fechar um acordo completo e definitivo que permita o desembolso de uma nova parcela dos 86 bilhões de euros do terceiro plano de ajuda acordado à Grécia em 2015.
Ajuda bloqueada
O tempo urge para desbloquear esta nova parcela, já que, sem novos fundos do terceiro programa de resgate, em vigor, Atenas não poderá devolver os cerca de 7 bilhões de euros aos seus credores, previstos para julho. Além disso, uma série de eleições cruciais na Europa a partir de março podem complicar uma solução rápida.
Após seis anos de resgates financeiros concedidos em troca de duras reformas, a Grécia registra o maior número de desempregados da zona do euro, com 23% (números de outubro), e sua dívida alcança 176,9% do PIB, 311 bilhões de euros.
O FMI não quer participar economicamente no programa em vigor, de 86 bilhões de euros, porque considera inalcançáveis seus objetivos orçamentários, a não ser que intensifiquem as reformas previstas ou que os europeus aprovem um desconto da dívida grega.
O comissário europeu de Assuntos Econômicos, Pierre Moscovici, descartou a ideia de que a instituição monetária com sede em Washington, cujo papel foi crucial nos dois primeiros planos de ajuda, não forme parte finalmente do terceiro programa.
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